sexta-feira, 24 de junho de 2011

Meia noite em Paris - Woody Allen

A Paris dos românticos. Com certeza a minha Paris, sendo eu uma romântica incurável. É essa Paris que Woody Allen nos presenteia de forma mágica (no sentido literal da palavra). Como me tocou! Como foi fácil me enxergar ali, no papel de Gil, o protagonista. Ele, que sonhava em morar em Paris, que se via muito mais feliz numa época anterior a nossa, onde tudo era mais devagar, e belo, e apaixonante. Ele, que gosta de caminhar por Paris à noite, que vê beleza na cidade mesmo debaixo de chuva, que na verdade acha que assim, na chuva, Paris é até mais bela! Ele, que, apesar de todas as suas incertezas, largou sua carreira de sucesso para virar escritor (tudo bem, isso eu não fiz ainda, não pelo menos fora dos meus sonhos...).

Gil é um roteirista de Hollywood entediado com sua profissão, não suportando mais inclusive os próprios filmes que escreveu. Muito a contragosto de sua (intragável) noiva, ele resolve fazer aquilo que lhe fará feliz, ou seja, escrever um livro, “escrever de verdade”. Os dois viajam a Paris, encontram um casal de amigos dela por acaso, e daí em diante a história se desenrola numa alternância entre as cenas noturnas, nas quais Gil, através de suas alucinações acredita viajar para o passado, e as cenas diurnas, que retratam o relacionamento nada saudável entre ele e sua noiva. Tudo isso com o humor neurótico característico de Woody Allen, e com uma Paris maravilhosamente completa, com todos os seus encantos e personalidades que fizeram e fazem até hoje Paris ser única e inimitável.

O final do filme não tem nada de surpreendente. Para falar a verdade, é até meio óbvio. Mas é romântico, é puro, é leve, é delicado, e é em Paris, então a gente perdoa. Eu simplesmente amei o filme e recomendo a todos.

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