quinta-feira, 16 de julho de 2009

A Busca

Eu acredito que poemas são como sonhos. Como quem não quer nada, eles aparecem na sua mente, lhe fazendo viajar por lugares muitas vezes desconhecidos. Quem pode dizer ao certo o significado exato de um verso? Nem mesmo o próprio autor. Como sonhos, os poemas podem ser interpretados de maneiras diversas, deixando o leitor livre para escolher o tema, conteúdo e conclusão.

Também como os sonhos, os poemas parecem se originar do nosso sub-consciente. Pelo menos no meu caso é assim. Quantas vezes já me peguei atônita, após escrever um poema, olhando para o texto e tentando entender o que eu havia escrito? Em um momento de inspiração, as palavras jorram como nascente de rio, se embaralham entre os versos, e quase com vida própria, elas se arrumam e se transformam em um poema. Cabe ao autor, buscar dentro de si, explicação para o inexplicável.

Este aqui abaixo demorou 5 minutos para ser feito. Se entendo exatamente o que escrevi? Tenho muitas suposições e nenhuma certeza. Assim como os meus sonhos.



A Busca

Ao meu mundo eu vivo uma eterna busca
de cores, de formas
de sons, de sabores

Os dias passam, mas a busca insiste
e lá na frente, eu já vejo o meu passo

E assim aos poucos
eu me abro
eu me concentro
eu me entendo
e entendo tudo diferente

E já não sei aonde me levarão
estas minhas pisadas estreitas
estes meus passos largos

Só sei
que avisto um horizonte
e ele é claro
é limpo
é azul
com sol brilhante

E o meu mundo ali me espera
não, para desabar num abismo
mas sim, para me mostrar outros mundos.

Carol

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