Eu acredito que poemas são como sonhos. Como quem não quer nada, eles aparecem na sua mente, lhe fazendo viajar por lugares muitas vezes desconhecidos. Quem pode dizer ao certo o significado exato de um verso? Nem mesmo o próprio autor. Como sonhos, os poemas podem ser interpretados de maneiras diversas, deixando o leitor livre para escolher o tema, conteúdo e conclusão.
Também como os sonhos, os poemas parecem se originar do nosso sub-consciente. Pelo menos no meu caso é assim. Quantas vezes já me peguei atônita, após escrever um poema, olhando para o texto e tentando entender o que eu havia escrito? Em um momento de inspiração, as palavras jorram como nascente de rio, se embaralham entre os versos, e quase com vida própria, elas se arrumam e se transformam em um poema. Cabe ao autor, buscar dentro de si, explicação para o inexplicável.
Este aqui abaixo demorou 5 minutos para ser feito. Se entendo exatamente o que escrevi? Tenho muitas suposições e nenhuma certeza. Assim como os meus sonhos.
A Busca
Ao meu mundo eu vivo uma eterna busca
de cores, de formas
de sons, de sabores
Os dias passam, mas a busca insiste
e lá na frente, eu já vejo o meu passo
E assim aos poucos
eu me abro
eu me concentro
eu me entendo
e entendo tudo diferente
E já não sei aonde me levarão
estas minhas pisadas estreitas
estes meus passos largos
Só sei
que avisto um horizonte
e ele é claro
é limpo
é azul
com sol brilhante
E o meu mundo ali me espera
não, para desabar num abismo
mas sim, para me mostrar outros mundos.
Carol
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