Nada nesta vida é por acaso. E não foi por acaso que eu resolvi, numa segunda-feira, virar a noite escrevendo um conto (está logo aí abaixo, Um beijo por 3 reais). Eu que nunca havia escrito um conto na vida! Nem pequenininho! Não sabia nem por onde começar. E aí vocês me perguntam: “O que deu em você então, Carol?”
Deu que no sábado passado, caí de pára-quedas no curso Vivência Literária, que acontece num lugarzinho no Flamengo chamado Estação das Letras. É um lugar fantástico, cheio de cursos e oficinas de literatura. Descobri o lugar pela internet na sexta, e não tive a menor dúvida: “Amanhã estarei lá!!!”. Então enviei um e-mail perguntando se ainda havia vaga para a “aula” de sábado, e felizmente a resposta foi positiva. A única exigência era que eu levasse um texto em prosa, de no máximo 2 folhas. Eu com meus botões pensei: “Sem problemas... Levo uma das minhas crônicas.. tranqüilo...”.
Foi o que eu fiz. Escolhi "Um dia em São Paulo", que havia feito sucesso num cursinho que eu participei na Casa do Saber. E, no dia seguinte, lá estava eu acordando cedo e atravessando meia cidade para poder estar às 10:00h no Flamengo.
Assim que entrei na sala, o primeiro indício de que eu havia subestimado a “aulinha” apareceu. Um dos “alunos” me perguntou se eu havia tirado cópias. Muito ingenuamente, perguntei: “Cópias, de que?”. E ele respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo: “Cópias do seu texto, para todos irem lhe acompanhando enquanto você lê”. Pensei: “Caramba, a parada aqui é profissa!” e fui rapidinho tirar as cópias na papelaria ao lado.
Porém, apenas quando eu recebi as cópias dos outros “alunos” foi que entendi o porquê daquilo tudo. Para o meu espanto, os textos eram super elaborados e profundos (alguns inclusive eu ainda não consegui entender, diga-se de passagem). E é por isso que eu estou este post inteiro colocando as palavras “aula” e “alunos” com aspas, porque simplesmente eu me encontrava no meio de escritores (de verdade, não como eu) e jornalistas! Pessoas que trabalham com isso, que tem como profissão escrever!
Imaginem como eu fiquei quando percebi isso, eu e minha cronicazinha. Imaginou alguém bem desesperado procurando um buraco para se esconder? Pois bem, eu não tinha mais como fugir, o jeito era apelar para o sorrisinho, e pensar: “Carolina, ninguém te conhece aqui... Ok, você VAI PASSAR VERGONHA, mas tranqüilo, relaxa, respira fundo, um, dois, um, dois...”
Um a um, os textos iam sendo lidos por seus respectivos autores, e para o meu desespero maior, tanto o coordenador da “aula” quanto os “alunos” comentavam os textos, elogiando as partes boas e criticando as partes ruins, além de corrigirem erros de concordância e sugerirem algumas mudanças. E eu, num esforço psicológico de superação, mentalizava ora “Calma Carolina, vai dar tudo certo”, ora “Por favor, esqueçam de mim... por favor... por favor...”.
Até que chegou a minha vez (não, eles não esqueceram...). E antes de começar a ler, tive que fazer um pronunciamento, numa atitude quase que de sobrevivência: “Gente, como mais nova da turma, eu gostaria de dizer que SOU CAFÉ COM LEITE, TÁ?!”. Nada adiantou. Todos disseram que não tinha essa não, e que era para eu ler meu texto igual a todo mundo. Então eu li, e para a minha surpresa o texto agradou! Recebi elogios!!!! E críticas também, é claro. No final, o coordenador meu passou um desafio: “Carol, não há dúvidas que você escreve muito bem (eu juro que ele falou isso!!!), mas seu texto é uma crônica do início ao fim, e você deve ter percebido que trabalhamos aqui mais com ficção. Então para o nosso próximo encontro, quero que você traga um conto, ok?”. OK!!!!
Entenderam agora o porquê do conto abaixo? Esse foi só o primeiro. Como o próximo encontro é apenas em meados de julho, quero fazer mais alguns para poder escolher o melhor. Mas para isso, preciso que vocês (queridos leitores) COMENTEM OS CONTOS!!! O google analytics está me dizendo que tive vários visitantes, mas ninguém comenta nada! Críticas, críticas e mais críticas são muito bem vindas. E claro, se você quiser elogiar, também póóóóóde.
A Estação das Letras fica na Rua Marquês de Abrantes, 177, loja 107 – Flamengo – Rio de Janeiro - Tel: (21) 3237-3947
Deu que no sábado passado, caí de pára-quedas no curso Vivência Literária, que acontece num lugarzinho no Flamengo chamado Estação das Letras. É um lugar fantástico, cheio de cursos e oficinas de literatura. Descobri o lugar pela internet na sexta, e não tive a menor dúvida: “Amanhã estarei lá!!!”. Então enviei um e-mail perguntando se ainda havia vaga para a “aula” de sábado, e felizmente a resposta foi positiva. A única exigência era que eu levasse um texto em prosa, de no máximo 2 folhas. Eu com meus botões pensei: “Sem problemas... Levo uma das minhas crônicas.. tranqüilo...”.
Foi o que eu fiz. Escolhi "Um dia em São Paulo", que havia feito sucesso num cursinho que eu participei na Casa do Saber. E, no dia seguinte, lá estava eu acordando cedo e atravessando meia cidade para poder estar às 10:00h no Flamengo.
Assim que entrei na sala, o primeiro indício de que eu havia subestimado a “aulinha” apareceu. Um dos “alunos” me perguntou se eu havia tirado cópias. Muito ingenuamente, perguntei: “Cópias, de que?”. E ele respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo: “Cópias do seu texto, para todos irem lhe acompanhando enquanto você lê”. Pensei: “Caramba, a parada aqui é profissa!” e fui rapidinho tirar as cópias na papelaria ao lado.
Porém, apenas quando eu recebi as cópias dos outros “alunos” foi que entendi o porquê daquilo tudo. Para o meu espanto, os textos eram super elaborados e profundos (alguns inclusive eu ainda não consegui entender, diga-se de passagem). E é por isso que eu estou este post inteiro colocando as palavras “aula” e “alunos” com aspas, porque simplesmente eu me encontrava no meio de escritores (de verdade, não como eu) e jornalistas! Pessoas que trabalham com isso, que tem como profissão escrever!
Imaginem como eu fiquei quando percebi isso, eu e minha cronicazinha. Imaginou alguém bem desesperado procurando um buraco para se esconder? Pois bem, eu não tinha mais como fugir, o jeito era apelar para o sorrisinho, e pensar: “Carolina, ninguém te conhece aqui... Ok, você VAI PASSAR VERGONHA, mas tranqüilo, relaxa, respira fundo, um, dois, um, dois...”
Um a um, os textos iam sendo lidos por seus respectivos autores, e para o meu desespero maior, tanto o coordenador da “aula” quanto os “alunos” comentavam os textos, elogiando as partes boas e criticando as partes ruins, além de corrigirem erros de concordância e sugerirem algumas mudanças. E eu, num esforço psicológico de superação, mentalizava ora “Calma Carolina, vai dar tudo certo”, ora “Por favor, esqueçam de mim... por favor... por favor...”.
Até que chegou a minha vez (não, eles não esqueceram...). E antes de começar a ler, tive que fazer um pronunciamento, numa atitude quase que de sobrevivência: “Gente, como mais nova da turma, eu gostaria de dizer que SOU CAFÉ COM LEITE, TÁ?!”. Nada adiantou. Todos disseram que não tinha essa não, e que era para eu ler meu texto igual a todo mundo. Então eu li, e para a minha surpresa o texto agradou! Recebi elogios!!!! E críticas também, é claro. No final, o coordenador meu passou um desafio: “Carol, não há dúvidas que você escreve muito bem (eu juro que ele falou isso!!!), mas seu texto é uma crônica do início ao fim, e você deve ter percebido que trabalhamos aqui mais com ficção. Então para o nosso próximo encontro, quero que você traga um conto, ok?”. OK!!!!
Entenderam agora o porquê do conto abaixo? Esse foi só o primeiro. Como o próximo encontro é apenas em meados de julho, quero fazer mais alguns para poder escolher o melhor. Mas para isso, preciso que vocês (queridos leitores) COMENTEM OS CONTOS!!! O google analytics está me dizendo que tive vários visitantes, mas ninguém comenta nada! Críticas, críticas e mais críticas são muito bem vindas. E claro, se você quiser elogiar, também póóóóóde.
A Estação das Letras fica na Rua Marquês de Abrantes, 177, loja 107 – Flamengo – Rio de Janeiro - Tel: (21) 3237-3947
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