Há um tempo eu venho com uma vontade meio enigmática de ler Clarice Lispector. Como assim enigmática? Porque é um enigma oras. De fato, eu nunca soube muita coisa sobre a escritora (eu sei, isto é uma vergonha, mas nada como ser sincera). Porém, o nome dela, Clarice Lispector, sempre me pareceu interessante. E ter um nome interessante já é meio caminho andado.
Pois então, totalmente ignorante na obra literária em questão, busquei no submarino.com algum livro dela que pela sinopse me interessasse. E gostei deste: “A Hora da Estrela”. Não acho que fiz má escolha (de certo, gostei bastante da historinha, já vou lhes contar), mas lendo a contracapa, descobri que neste livro “Clarice decide se afastar da inflexão intimista que caracteriza sua escrita para desafiar a realidade”. Ou seja, justamente neste livro ela resolveu inovar, e claro, continuo sem fazer ideia do que seria esta “inflexão intimista” de Clarice.
Mas vamos ao livro. Em primeiro lugar, Clarice se transforma em Rodrigo, um escritor. E é Rodrigo quem conta a historia de Macabéa, uma nordestina sem graça. Na verdade, a historia toda é criada por Rodrigo, que um dia cruzou com uma nordestina na rua, recebeu a inspiração, e a transformou em Macabéa. Mas não foi uma transformação fácil. Macabéa era por demais insignificante. Sua presença era tão frágil que poucos percebiam a sua existência. Em seu mundo sem horizontes, ela se contentava com uma vida insossa, com um passado ruim, um presente sem propósito, e um futuro impensado. Para Macabéa, talvez a morte lhe servisse melhor que a vida. E assim, da mesma forma que Rodrigo sente o desejo quase insuportável de criar Macabéa, ele começa a ter uma vontade irresistível de destruí-la.
Eu não conheço os outros livros de Clarice, e portanto não sei como seria esta tal de inflexão intimista. Mas uma coisa é certa: Clarice desvendou para nós, através de seu autor fictício chamado Rodrigo, a maior intimidade que um escritor pode ter. Pois não há nada mais íntimo a Rodrigo do que Macabéa. E não há nada mais íntimo a Clarice do que seus personagens, como por exemplo, Rodrigo.
Após ler o livro, fiquei então curiosa para entender como seria este outro lado intimista de Clarice. Talvez isto seja apenas uma deixa para continuar nesta busca pela escritora. Mas se tratando de Clarice Lispector, com esse nome tão interessante, e uma reputação tão gloriosa, eu pergunto: precisa de deixa? É, também acho que não.
Se você faz parte de algum fã clube da escritora, ou simplesmente percebeu que sabe mais sobre ela do que eu (o que não é difícil, convenhamos), deixe sua opinião aqui e me sugira um livro. Dela, é claro!
Pois então, totalmente ignorante na obra literária em questão, busquei no submarino.com algum livro dela que pela sinopse me interessasse. E gostei deste: “A Hora da Estrela”. Não acho que fiz má escolha (de certo, gostei bastante da historinha, já vou lhes contar), mas lendo a contracapa, descobri que neste livro “Clarice decide se afastar da inflexão intimista que caracteriza sua escrita para desafiar a realidade”. Ou seja, justamente neste livro ela resolveu inovar, e claro, continuo sem fazer ideia do que seria esta “inflexão intimista” de Clarice.
Mas vamos ao livro. Em primeiro lugar, Clarice se transforma em Rodrigo, um escritor. E é Rodrigo quem conta a historia de Macabéa, uma nordestina sem graça. Na verdade, a historia toda é criada por Rodrigo, que um dia cruzou com uma nordestina na rua, recebeu a inspiração, e a transformou em Macabéa. Mas não foi uma transformação fácil. Macabéa era por demais insignificante. Sua presença era tão frágil que poucos percebiam a sua existência. Em seu mundo sem horizontes, ela se contentava com uma vida insossa, com um passado ruim, um presente sem propósito, e um futuro impensado. Para Macabéa, talvez a morte lhe servisse melhor que a vida. E assim, da mesma forma que Rodrigo sente o desejo quase insuportável de criar Macabéa, ele começa a ter uma vontade irresistível de destruí-la.
Eu não conheço os outros livros de Clarice, e portanto não sei como seria esta tal de inflexão intimista. Mas uma coisa é certa: Clarice desvendou para nós, através de seu autor fictício chamado Rodrigo, a maior intimidade que um escritor pode ter. Pois não há nada mais íntimo a Rodrigo do que Macabéa. E não há nada mais íntimo a Clarice do que seus personagens, como por exemplo, Rodrigo.
Após ler o livro, fiquei então curiosa para entender como seria este outro lado intimista de Clarice. Talvez isto seja apenas uma deixa para continuar nesta busca pela escritora. Mas se tratando de Clarice Lispector, com esse nome tão interessante, e uma reputação tão gloriosa, eu pergunto: precisa de deixa? É, também acho que não.
Se você faz parte de algum fã clube da escritora, ou simplesmente percebeu que sabe mais sobre ela do que eu (o que não é difícil, convenhamos), deixe sua opinião aqui e me sugira um livro. Dela, é claro!
Oi Carol!Tudo corrido por ai?!! Então que pena que voce perdeu o sorteio!! Olha ainda não sei quando será o próximo, mas pode deixar que te aviso ok?!!
ResponderExcluirBeijos!!!
Boa noite,
ResponderExcluirAssim como você também estou querendo conhecer essa inflexão intimista da escritora. Não li outras obras dela para poder enxergar essa caracterização de Clarice, mas juro que estou bastante curiosa.