sábado, 26 de setembro de 2009

Restaurante Le Vin - Ipanema

Aproveito aqui a abrangência do blog para incluir mais um assunto: gastronomia.

Comer, para mim, é um imenso prazer. Eu adoro experimentar novos restaurantes, novos pratos, culinárias diferentes. Eu só não gosto de restaurante tipo buffet. Mas por que? Porque eu preciso da expectativa. Preciso de um tempo de espera entre o pedido e a chegada da comida. Parece loucura, mas é neste meio tempo que viajo por todos os ingredientes descritos no cardápio e, em secreto, fico brincando com a minha imaginação, tentando descobrir como será a apresentação, os sabores, consistências, texturas... São minutos preciosos, imprescindíveis para que a chegada do prato seja sempre surpreendente. Se a comida chega muito rápida e me priva deste momento maravilhoso de reflexão, eu fico chateada. O chef pode achar que o serviço está maravilhoso porque está rápido, mas se for perguntar a mim, eu direi: porque não demorou um pouco mais?

Bom, vocês já sabem que se um dia encontrarem aqui alguma dica de restaurante buffet, é porque o restaurante é bom mesmo! Mas isto não deve acontecer tão cedo. Enquanto isso, vou colocando aqui os meus restaurantes favoritos.

E o primeiro foi cenário do meu almoço de hoje: o Le Vin. Trata-se de um bistrô, ou seja, um pequeno restaurante francês, com pratos típicos e consagrados da culinária francesa. Traduzindo: moules et frites, escargots, steak tartare, boeuf bourguignon, cassoulet, confit de canard, e por aí vai.


Mas o que me levou lá hoje foram as ostras, deliciosas, fresquinhas, e por um preço em conta (comparado aos outros restaurantes da zona sul que também servem a iguaria).


Após uma dúzia de ostras para cada, foi a vez dos pratos principais. Eu não resisti, e fui no ravioli de confit de canard com molho de laranja que é o meu favorito. O maridão foi no polvo a provençal, que também estava uma delícia. Para acompanhar as ostras e os pratos, um espumante rosé e um bom papo. Enfim, um almoço de sábado perfeito.


O Le Vin fica em Ipanema, na Rua Barão da Torre, 490. Telefone: (21) 3502-1002.

Espero que tenham gostado da dica!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A menina que roubava livros - Markus Zusak


Dos últimos quatro livros que li, três se passavam durante uma guerra. Coincidência? Sim, eu não busquei isso. Não escolhi os títulos pensando neste assunto. Nem ao menos esperava este conteúdo. Mas aconteceu. E isto me faz questionar se hoje em dia é preciso ter certa dose de desgraça nos livros para se alcançar o sucesso. Ler sobre a desgraça alheia não é lá algo super confortável, mas convenhamos, nos prende de forma bem eficiente. Já tentou passar perto de um acidente de trânsito e não olhar? Pois é, o mesmo acontece com os livros. Quando o personagem está lá sofrendo, chorando, morrendo, ou passando aquele sufoco, parece que o livro ganha mais graça, e até aquele soninho que estava vindo meio sorrateiro desiste e aguarda outra parte do livro, menos "interessante", para voltar.

Com o "A Menina que roubava livros" não foi diferente. As partes mais interessantes do livro são as mais tristes. E como a história se passa durante a segunda guerra mundial, o livro está recheado de momentos para lá de sofridos. Porém, assim que terminei de ler, algo dentro de mim não se sentiu totalmente satisfeito. E eu estou tentando entender isto ainda, mas vamos por partes: primeiro, preciso lhes explicar a história.

O personagem central do livro é uma menina, Liesel, que desde muito cedo teve que se separar de sua família para viver na casa de outra família, os Hubbermann. O motivo? Seu pai era comunista e por isto perseguido. Sua mãe, doente, e não tinha como cuidar dos filhos. O jeito foi entregá-los para a adoção. Ou melhor, entregá-la, pois seu irmão não chegou vivo. Porém, o que representou a morte ao irmão, acabou salvando a vida dela. Na casa dos Hubbermann, Liesel descobre no novo pai um amor incondicional, e na nova mãe um amor um tanto quanto estranho, porém verdadeiro. E assim a vida da menina segue, através de uma narrativa rica em detalhes e situações percebidas pela narradora.

E aí chegamos a um ponto crucial: a narradora. Pasmem, quem conta a história é a morte. Sim, ela mesma, com direito a túnica preta e a pensamentos irônicos que ela nos expõe como se fosse a coisa mais normal do mundo: a morte nos falar. Eu não tenho certeza, mas desconfio que grande parte da minha insatisfação se deva à escolha da narradora. Não que esta escolha do escritor não seja criativa, ou inteligente. Não posso negar, ela é ao menos inovadora. Entretanto, é tão surreal que a ficção virou quase um sonho maluco, e não houve capítulo que me convencesse de que a morte estava realmente falando, e que tudo aquilo que ela falava fazia algum sentido. É claro que a história da menina fez todo o sentido. O problema não era o que acontecia com "os vivos", mas sim com a morte, e com os pensamentos e opiniões dela.

Bom, colocando a morte de lado, posso lhes dizer que o livro agradou sim. Liesel, apesar de nos parecer frágil, ao longo da história vai nos orgulhando com sua força e com sua vontade, mesmo que subconsciente, de sobreviver. Aos poucos, a menina vai encontrando nos livros (que ganha e que rouba) um sentido para a sua vida e dos que estão ao seu redor. E ao mesmo tempo em que uma guerra corre do lado de fora, a guerra de Liesel vai se arrastando dentro dela, através de seus sonhos, seus pensamentos, suas atitudes e por último, através de seu próprio livro, no qual ela escreve sua vida.

Enfim, "A menina que roubava livros" é uma história sem um final totalmente surpreendente, mas que surpreende pelas formas mais inesperadas de amor que o livro nos trás. Liesel nos mostra que para amar e ser amado basta estar vivo e procurar este amor nos lugares mais improváveis, como por exemplo num abandono, num acordeão, numa fala ríspida, num livro pintado, num cabelo cor de limão, e claro, até mesmo na morte.

sábado, 19 de setembro de 2009

Andando e voando pelo twitter!

Mas era só o que faltava! Twitter?

Bom, vamos colocar o preconceito de lado e entender o seguinte: o twitter é uma excelente ferramenta de comunicação. Há alguma dúvida quanto a isso? Não. Então, aqui faço aquela pergunta essencial para tudo na vida, inclusive para o twitter: por que não? Ou melhor: o que me impede?

Claro que isto não surgiu dentro de mim a partir do nada, como se de repente eu houvesse desabrochado para os twitters, tweets, e cia. Mas então, como foi que isto aconteceu?

Há algumas semanas atrás, minha amiga Lívia, que sempre me presenteia com feedbacks positivos do blog (obrigada pela força amiga!), me disse:

- Amiga, você TEM QUE colocar o blog no twitter.

E eu:

- ahhhhhhhhhhhhhh.... mas por que? .....
- Porque o twitter vai te ajudar a divulgar o blog!
- Ah é?
- Porque as pessoas vão poder seguir o seu blog!
- Ah é?
- Porque elas também poderão divulgar o seu blog para outras pessoas!
- Ah é? Ahhhh tá....

Lívia, não convencida de que eu estava convencida, me enviou um e-mail explicando tim tim por tim tim tudo o que eu deveria saber sobre esta ferramenta. A argumentação foi boa, e o e-mail conseguiu quebrar um "leve" preconceito que eu tinha a respeito deste assunto. Bom, o resultado disto tudo? tchan tchan tchan tchan...


A página do blog no twitter ainda não está lá "uma brastemp". Falta uma dedicação a mais, e uma resistência a menos. Mas já existe, e você já pode "follow" ela. O que você ganha com isso? Bom, quando eu atualizar o blog aqui, instantaneamente você fica sabendo lá e aí pode vir correndo até aqui para ver as novidades (ok, pode vir andando também, mas não deixe de vir!).

Amiga Lívia, obrigada por estar sempre acrescentando à minha vida :)

PS: Confissões de uma pós-adolescente: não resisti, e estou "seguindo" o Adam Lambert... Bom, pelo menos ele não avisa toda vez que vai ao banheiro. Ufa!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Conexão Paris - o blog e seus mini-guias


Há uns 2 anos atrás, quando eu estava planejando minha primeira viagem à Paris, tudo o que eu queria fazer era ficar horas e horas estudando a cidade. Comprei uns 5 guias, algumas muitas revistas, e claro, fucei a internet como um cão farejador daqueles com o focinho bem grandão. A minha fome por informações sobre Paris era insaciável, quanto mais eu tinha, mais eu queria, e mais eu achava que precisava procurar. E isto não iria acabar nunca, se não fosse eu ter encontrado uma joia rara. Algo que me saciou, e que me alimenta até hoje: o Conexão Paris.

Para quem não conhece, o Conexão Paris é um blog escrito pela Maria Lina, uma historiadora mineira que desde 1983 mora em Paris. Ao longo de todos estes anos ela foi colecionando uma série de informações sobre a cidade, as quais ela repassava para os amigos que chegavam de viagem. Um dia, para a sorte dos seus leitores, Lina resolveu organizar todas estas informações em um blog. Como resultado, o Conexão Paris foi criado e em pouco tempo ganhou milhares de fãs, os quais, por sua vez, ganharam algo que não se encontra em nenhum guia de viagem à venda por aí: a vivência.

Quando descobri o Conexão Paris, fiquei tão eufórica que li o blog todo. Isso mesmo, do início ao fim. Todas as informações que eu queria estavam lá: restaurantes, passeios, atrações, lojas, museus, hospedagem, transportes, e absolutamente tudo o que você possa imaginar. E o melhor de tudo: não precisava comprar, tudo ali estava de graça, disponível para todos os que quisessem desfrutar.

Não preciso dizer que o Conexão Paris foi tudo na minha vida durante os meses de planejamento. Mas o interessante mesmo aconteceu após a viagem. Mesmo não tendo mais que planejar, a primeira coisa que eu fazia todos os dias era entrar no Conexão Paris, ler os novos posts e voar por Paris através deles. Era como um café da manhã, algo que não podia faltar. Se faltasse, logo logo o estômago reclamaria, a dor de cabeça viria, e todo este desconforto não iria passar até o café ser tomado, ou melhor, o blog ser lido.

Até que um dia, já com o blog totalmente inserido na minha rotina diária, resolvi retribuir de alguma forma tudo aquilo que era me dado de presente. Mas como? A minha experiência com Paris era mínima, então não era com conteúdo que eu poderia ajudar. Pensei: de repente com o layout do website? Daí lembrei que não sou nem designer, nem programadora, muito menos tenho jeito para estas coisas. Descartei esta possibilidade quase que imediatamente. Até que, de repente, me veio à tona uma forma concreta de ajudar: com o português!

Bom, o que ocorria: como Lina estava muito tempo fora do Brasil, ela acabava cometendo alguns errinhos bobos de português em seus posts. Era uma letrinha errada ali, uma palavra inventada acolá... Nada que prejudicasse o blog. Mas claro, se alguém fizesse as correções e enviasse o texto já corrigido, ela teria os seus posts à prova dos mais críticos. O que fiz? Enviei um e-mail para ela. Me apresentei, disse que estaria disposta a ajudá-la, e que seria um imenso prazer participar mais ativamente do Conexão. E ela? Disse que adoraria. Pronto, desde então, como ela mesma me chama, sou a editing process do Conexão Paris (muito chique!). Todos os dias (ou quase todos) eu envio as correções para Lina, e após tantos e-mails, acabamos virando amigas. Eu já desabafei para ela, ela já me aconselhou, já reclamamos juntas... enfim, nada como a internet para nos conectar ao mundo e nos presentear com amizades inesperadas e especiais.

E foi assim, através das leituras diárias, correções e e-mails que fui acompanhando a vida do blog no seu dia a dia. Até que certo dia algo de especial aconteceu. Lina me disse que iria lançar uma série de mini-guias de bolso, cada um com um tema diferente, onde ela publicaria informações que estão no blog e algumas outras inéditas. Na mesma hora pensei: será um sucesso! E claro, o resultado não foi diferente. Quando Lina lançou seu primeiro mini-guia, mês passado, foi um alvoroço. A demanda foi enorme, os elogios se multiplicaram, e tenho certeza que minha amiga deve ter ficado para lá de contente. Por tabela, também fiquei em uma felicidade só.

O primeiro guia de Lina apresenta 5 roteiros de passeios por Paris, cada um mostrando uma faceta diferente da cidade luz. O guia é fininho, levinho, perfeito para batermos perna o dia inteiro com ele. Por dentro, é imensamente recheado de informações efetivamente úteis, dicas incríveis e o melhor de tudo, os 27 anos de Lina em Paris, algo que nenhum outro guia pode ao menos sonhar em oferecer aos seus leitores.

O preço do guia é R$17,60, incluindo o frete, e você pode comprá-lo no site do Conexão Paris (http://www.conexaoparis.com.br/). Se você planeja passar uns dias nesta cidade que eu amo, não deixe de adquirir o guia da Lina. Será o melhor investimento da sua viagem. Eu garanto.